quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mudança pode afetar raízes do tenis sulamericano.

Fala pessoal, tudo bem?
Essa semana estive lendo em alguns sites de tenis que as organizações dos ATPs da gira latino americana pretendem mudar o piso dos quatro torneios (Santiago, Costa do Sauípe, Buenos Aires e Acapulco), do saibro para o cimento. O motivo alegado é que, assim, os torneios possam atrair mais tenistas tops, que se preparariam para os dois Masters 1000 dos Estados Unidos. O calendario é muito apertado, então os organizadores estão alegando que a gira é um pouco sem sentido, pois todos saem do Australian Open, torneio jogado na quadra rapida, para ter que se adaptar rapidamente ao saibro da america latina e depois readaptar de novo ao cimento, para os dois torneios grandes nos Estados Unidos.
Tem sentido o argumento usado por eles, com certeza. Os torneios do saibro realmente afastam os tops, que buscam uma preparação cada vez mais antecipada para esses torneios. Porem, acho que outros fatores teriam de ser vistos nesse caso. Nós da America Latina somos habituados, crescemos jogando no saibro. Nós com certeza rendemos muito mais no saibro do que no cimento. Com isso, a mudança do piso diminuiria cada vez mais as chances de um tenista local andar nas chaves. Se pegarmos o Brasil Open como exemplo, nao acho que Ricardo Mello chegaria a duas semifinais seguidas se ele jogasse na quadra dura. Na Argentina, Chela também não teria chegado a final se o piso fosse acimentado.
Acho que tudo tem de ser visto com cuidado. E ver o que vale mais a pena. Se por um lado, a parte de marketing dos torneios é favoravel ao piso duro, o histórico e a tradição dos paises são o oposto. A gira latino americana já tem uma identidade com o saibro. Não sei se uma mudança de tal grandeza seria legal. Vamos esperar e ver o que se decide, mais torço para que o piso continue o mesmo. Para o bem de nós mesmos brasileiros.
Voce é a favor da mudança de piso? Comente!

Abraço a todos!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Chegada a Argentina

Fala pessoal, tudo bem?
Depois de uma viajem bem cansativa, cheguei a Mar del Plata, cidade localizada um pouco mais ao sul de Buenos Aires, beirando o Rio da Prata. Minha viajem foi bem longa, apesar de nao ser um pais tao longe, como os da etapa de cima. Demorei cerca de 10hs pra chegar aqui, contando desde minha saida em Guarulhos, a conexao de 4hs em Buenos Aires e finalmente minha chagada aqui no hotel.
O voo de Guralhos - Buenos Aires foi otimo. Tive mutia sorte e vim com as tres poltronas vazias, entao deitei e vim durmindo a viajem inteira. Depois, começaram os problemas. Cheguei ao aeroporto secundario da capital argentia, chamado AeroParque, e quando fui fazer o check-in me deparei com uma muvuca impressionante. Me informei e recebi a noticia que era ali mesmo que eu tinha que ir. Fiquei na fila por mais de 1h30min, ate ser atendido pela moça da companhia. Ainda tive que pagar 20 dollares de excesso pois era um voo domestico entao a tolerancia de quilos é bem menor.
Depois dali, peguei um voo ate Mar del Plata, e ai sim começaram os problemas de vez. Nesses ultimos dias eu estou com um probleminha de saude, estou com muita tonteira, indisposição e cheguei ate a vomitar. Porem ate esse voo estava me setindo muito bem. A partir dele, começaram as tonturas, e dali só piorou. Quando cheguei em Mar del Plata, mal conseguia andar, olhar pra frente.

Estadio Monumental de Nuñez, do River Plate.
Na fila das bagagens, sentei num banco e esperei ate a ultima pessoa, para ai sim pegar minhas malas. E ai veio mais um imprevisto. Minha raqueteira estava la, bonitinha. Mais minha mala nao. Como nos, patrocinados pela Babolat ganhamos, alem de raquetes, malas de viajens, muitas pessoas acabam ganhando a mesma mala. E um sul africano se confundiu e pegou minha mala. Resultado, ele foi pro hotel com a minha mala e eu fiquei com a dele. Meus remedios, que eu ia tomar logo que conseguisse pegar minha mala, ficaram com ele. Só depois de horas que eu consegui localiza-lo e destrocar as malas.
O importante é que eu cheguei, ja estou um pouco melhor da minha tontura, destroquei minha mala e agora fico só no aguardo da chegada do meu parceiro e colega de quarto Vitinho Galvao.

Fiz um video, com varios trechos da minha viajem. Só nao fiz da chegada a Mar del Plata porque, como voces leram, estava passando muito mal.

Abraço a todos!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Nunca pare de estudar.

Fala pessoal, tudo bem?
Muitos dos meus amigos, nem todos do tenis, estão voltando de ferias e começando o ano letivo, inclusive meu irmão. Eu terminei ano passado e esse ano posso, ainda bem, pensar só no meu tenis, sem ter aquele peso de ir pra escola de noite, ao invés de recuperar as energias em casa.
No mundo do tenis se ve muitos atletas parando de estudar muito cedo, ainda no ensino fundamental, ou então, no máximo, no primeiro ano do ensino médio. Essa atitude acontece por sugestão do treinador, dos amigos, ou mesmo dos próprios pais, acreditando no futuro de seu filho. O motivo alegado é que ele precisa, caso estude de manha, não estudar para poder treinar dois periodos e assim ter um volume maior de treinos, ou, caso estude de noite, para poder recuperar as energias.
Essa prática é na verdade uma aposta. Caso o menino vire um atleta de sucesso, certamente os pais acharão que fizeram a escolha certa. Mais e se de repente o filho não rendeu o esperado, não virou um bom jogador ou simplesmente perdeu a vontade de jogar tenis? O que fazer, agora, quando o menino estiver com seus 18, 19 anos e não tem nem o segundo ano completo? Ai está o erro.
Parar de estudar é um costume muito ruim que muitos tenistas tem. Pensando só no presente, eles esquecem que de repente o tenis pode não dar certo, e aí será talvez tarde demais para voltar a uma escola. Ou, se voltar, terá de se adaptar com um ambiente de alunos 3, 4 anos mais novo. Nada legal. Isso sem contar no conhecimento básico que estarão perdendo, os ensinamentos que a escola proporciona. E talvez isso seja o pior de tudo.
Enfim, pense bem antes de abrir mão da escola. Coloque na balança as coisas boas e ruins em fazer isso. E veja se vale a pena. É uma decisão muito delicada e que pode te custar muito caro. Meu conselho: nunca deixe de frequentar a escola, por mais que ela seja facil, fraca e sem muitas cobranças. Ela acrescentará alguma coisa com certeza. E quem sabe no futuro, se não der certo, ela terá sido um tempo que voce não perdeu na sua vida.

Ps: Nada contra os que por ventura pararam de estudar cedo, é só uma opinião.

Abraços a todos!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

De sensação a concretização. A nova geração do tenis aparece de vez.

Fala pessoal, tudo bem?
Essa semana o mundo do tenis pode ver, entre outros, dois tenistas da nova geração que ultimamente estão chamando muito a atenção em razão do nivel incrivel de tenis que andam jogando. o ucraniano Alexandr Dolgopolov e o canadense Milos Raonic.
O ucraniano fez quartas de final do Australian Open, batendo tenistas tops, como Jo-Wilfred Tsonga e Robin Soderling, e nesta semana voltou a surpreender com o vice campeonato do Brasil Open. Com um jogo extremamente ofensivo, milhares de paralelas e saque muito veloz, Dolgopolov chega de vez ao circuito, passando de promessa para uma realidade. Antes do ano começar, ele sequer figurava no top 150, e, tres torneios depois, aparece no top 30. Subida avassaladora. Com poucos pontos em nivel ATP para defender até o final do ano, ele deve subir cada vez mais, se mantiver o ritmo e o nivel de tenis que vem apresentando. Outra coisa que chama atenção no rapaz, é que, apesar de seu jogo ter muitas caracteristicas de quadra rapida, essa semana ele fez final numa quadra de saibro ao nivel do mar. Fatos que não deixam duvidas quanto ao futuro desse cara.
E a outra sensação do ano até agora, é o canadense Milos Raonic. Passou o quali do Aberto da Australia, e atingiu as oitavas de final. Seu jogo se baseia no saque destruidor e golpes de base extremamente ofensivos, também. Ele nem sequer figurava no top 200 até o inicio do ano. Agora, ja é top 60. E nessa ultima semana assombrou o mundo do tenis com o titulo do SAP Open, em San Jose, batendo, entre outros, Fernando Verdasco na final. Realmente impressionante.
É a nova geração do tenis aparecendo. Tenistas novos, com talento e força de vontade. Que os tops se cuidem, pois com a sede de vitória que esses caras estão, a briga daqui pra frente vai ficar cada vez melhor por posições no ranking.


Abraço a todos!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Parceria Bellucci/Larri começa a gerar suas primeiras desconfianças.


Fala pessoal, tudo bem?
Estive essa semana acompanhando alguns jogos do Brasil Open pela tv, e, dentre outros jogos bastante bacanas, pudi acompanhar ao jogo do Bellucci contra o Chela. Fiquei meio preocupado em relação ao jogo dele, pois achei que ele ainda está muito inseguro, coisa que eu não via nele antes. Seus golpes, antes, eram mais ofensivos. O backhand (lado direito dele) sempre foi mais plano e agressivo, porem no ano passado o forehand dele, que em 2009 ainda era muito defensivo, estava bem mais "perigoso". Já agora, nos jogos que eu pudi acompanhar, ele voltou a "rodar para tras", principalmente por ali, no forehand, com a maioria das bolas batendo de 'openstance'. Não sei se é uma recomendação do Larri, mais não acredito, até porque os jogadores dele (Larri) sempre foram ofensivos. Quem diria Guga.
O que eu acho que pode estar acontecendo é que o Bellucci pode estar, ainda, respeitando muito o treinador Larri Passos, ja consagrado e vitorioso, então fica inseguro, acuado e indeciso em relação as suas opções dentro de quadra. Isso acontece com muitos jogadores que, de repente fazem uma parceria com um técnico de muito sucesso e acabam ficando 'timidos', com medo de tomar certas atitudes. Opinião minha.
Saindo do "achometro", o que se pode afirmar é que o Bellucci precisa engrenar, e rápido. Esse ano, já foram quatro derrotas que não se poderia perder. Giraldo em Auckland, um quali 250 do mundo em Melbourne, Fognini em Santiago e finalmente Chela no Sauípe. Nada contra nenhum desses jogadores e sem desmerecer nenhum deles, mais no estágio e no momento que o Bellucci anda, não poderia perder pra nenhum deles.
Resumindo, torço para que a parceria Bellucci/Larri engrene. Mais precisa engrenar rápido, pois a partir de agora alguns pontos importantes na temporada de saibro terão que ser defendidos (Quarta rodada em Roland Garros, por exemplo), além da pressao que ficará cada vez maior em cima dessa dupla. Torcemos para que seja só um momento, e que ele, e muitos outros brasileiros nos deem muitas alegrias até o final de 2011.

Abraço a todos!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Voltando a São Paulo, recordando boas lembranças.

Fala pessoal, tudo bem?
Continuando o ritmo dos treinos da semana passada, essa semana vim pra São Paulo, treinar com o Fabiano (técnico) e o Alex Blumemberg. Semana passada tinha treinado com o mesmo Fabiano, mais na companhia do meu irmão, lá em São José mesmo. Já essa semana vim para a capital paulistana pois o Alex voltou de férias e assim, o Fabiano teve que retomar os treinos com ele. Alias, fica já aqui o agradecimento aos dois pela oportunidade de ficar essas duas semanas com eles, podendo entrar no esquema e me preparar para os torneios da parte de baixo do Cosat.
Estamos treinando na PlayTennis do Morumbi. Um lugar, pra quem não conhece, bem bacana. 11 quadras, rápidas, saibro e cobertas, e uma salinha de musculação para fazer a parte física com o grande Stora, ou Jan, pra quem preferir. O Jan inclusive fez, sem querer mais fez, um grande favor pra mim. Ontem fomos fazer um treino aeróbico no Parque Alfredo Volpi, no começo da Avenida Oscar Americano. Ali, naquele "bosque" (como eu costumava chamar), fiz dezenas de treinos físicos quando ainda treinava no Esporte Clube Pinheiros. Fazia dois anos que não entrava lá, e ontem pudi recordar com muita alegria de toda a ralação que nossa antiga equipe passou por lá. Amanha tem de novo. Que bom!
Alem de toda a parte de treinos, estou tendo a imensa felicidade de passar a semana na casa de uma das pessoas que mais gosto. Alias, uma das famílias que mais gosto. A família Miller. Estou durmindo ao lado do grande Dudu Miller, e todos os dias tenho o prazer de jantar com Tia Aninha, Tio Pepe e a irmã Renata. Todos incrívelmente simpáticos. Melhor do que aqui, acho que só mesmo a minha casa.

Bom é isso, aqui seguimos na ralação, nada que não estamos acustumados!

Abraços

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Moro no paraíso e não sabia.

Fala pessoal, tudo bem?
Essa semana voltei aos treinos de verdade. A rotina voltou ao normal, os horários também. Chega de durmir, de farra e de descontração. Tenho torneios importantíssimos pela frente e quero estar o melhor possivel para ter o melhor rendimento neles.
Infelizmente, como alguns ja sabem, por questões financeiras, nao pude voltar para Ribeirão Preto e dar continuidade ao grande trabalho que estavam fazendo comigo por la. Não foi fácil, passamos por momentos ruins e tristes aqui em casa, de indefinições, de angústia, por não saber o que fazer do futuro. Tudo por conta do dinheiro. Eu não ia poder sair de São Jose mesmo, pelo mesmo motivo, então uma solução teria que ser achada urgentemente, ou não teria escolha senão, tirar o pé do acelerador e me conformar com um treino não ideal, não o que eu sonho pra mim.
Pois conseguimos, eu e minha familia, achar uma solução. Alias, acho que a melhor solução possivel. Ela foi provisória, somente pra essa semana, mais quebrou um galho e tanto. A partir de semana que vem tenho vida nova, vou a São Paulo, ficar de favor na casa de um, ou uma (?), grande amigo(a), para seguir o trabalho iniciado essa semana.
Mas o que eu realmente queria falar nesse post, é sobre o ambiente, o lugar que nós treinamos essa semana. Calma, não fomos para nenhum centro de treinamento com milhares de quadras e infraestrutura de primeiro mundo. Nada disso. Nós treinamos a somente 3 quarteirões da minha casa, no meu condominio.
Eu moro aqui desde que eu me lembro de ser eu, convivo com aquelas duas quadras de saibro cuidadas com carinho imenso por Adão "Urso" desde minhas primeiras raquetadas. Ali ja joguei torneios, treinei, joguei por diversão, ensinei. Vivi incontáveis momentos maravilhosos. Aquelas quadras me mostraram e me fizeram ter o amor que eu tenho pelo tenis, desde pequeno.
Mais porque eu estou falando isso logo agora, 13 anos depois que eu me mudei pra cá? Porque? Porque acho que só essa semana eu realmente vi a maravilha que é esse lugar. Como não ter o maior prazer do mundo em treinar naquelas quadras arrumadas, envolvidas entre árvores, gramados, ciclovias? Não bater na bola ouvindo o som do trânsito, das obras... Treinar sem ver um monte de gente passando, conversando alto, olhando... Ali era eu e a bolinha, a bolinha e eu. E o passarinhos... E as arvores... E o gramado... Sensacional.
Com todo esse contexto, acho que a semana nao poderia ser diferente do que foi. Ainda mais com o técnico e o companheiro de treino que eu estava. Semana dos sonhos. Pena que não vai durar pra sempre. Alias, acho que acabou rapido demais. Nada é perfeito. Que venha semana que vem, e a outra. E que venha a Argentina e os argentinos.

Bom é isso. Abraço a todos!